A Clínica da Saúde Ana Maria C. dos Santos Correia, localizada na Vila Kosmos, realizou na semana passada (13) uma Campanha de Incentivo ao Aleitamento Materno, que faz parte de uma das políticas de amamentação mais eficientes do mundo.

O Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento faz parte de uma iniciativa criada para elevar as taxas de aleitamento materno no Brasil, em 1981. Desde então, a implantação é responsável por melhorar os indicadores relativos à oferta e distribuição de leite para recém-nascidos, sobretudo os que estão em UTI neonatal.

O evento foi organizado pela enfermeira preceptora de enfermagem Marcelle Albuquerque, que falou, inicialmente, sobre as dificuldades iniciais das mães na amamentação e da falta de habilidade em relação às técnicas na hora de amamentar.

Marcelle também instruiu às mães presentes em relação à doação para a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. Segundo a enfermeira, as mães que produzem leite em excesso e quiserem doar, devem retirá-lo assim que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem cheias. Também recomenda-se limpar e massagear as aréolas das mamas até que o leite comece a sair. O conteúdo deve ser despejado em um frasco de vidro, com tampa de plástico, etiquetado com o nome da mãe, a data e a hora que retirou o leite.

Em seguida, a enfermeira obstetra Camila Tomaz ensina as mães presentes a utilizar um objeto chamado “sling”, um carregador de bebê, não estruturado, que permite formar uma espécie de saco ou rede, onde se carrega o bebê próximo ao corpo em várias posições. Trata-se de uma versão moderna dos antigos carregadores de bebês utilizados há séculos por diversas culturas (indígenas, africanas, asiáticas e indo-americanas). A enfermeira ainda falou sobre técnicas que permitem que o bebê se sinta mais seguro, como ouvir o coração da mãe ao ser colocado no sling.

A palestra ainda contou com a participação da médica Hilana Tavares, que deu algumas explicações sobre licença maternidade. Segundo ela, gestantes não podem ter suas funções trocadas durante a licença maternidade, exceto se apresentarem algum risco para a gravidez e exercerem outros cargos durante esse período. Elas ainda recebem proteção salarial e não podem ser demitidas.

Para popularizar a iniciativa e conscientizar a população, o Ministério da Saúde organiza anualmente, no mês de agosto, a Semana Mundial da Amamentação. Outra data importante no calendário da saúde é o Dia Nacional de Doação de Leite Humano, celebrado no dia 1º de outubro.

De acordo com especialistas, além de oferecer nutrientes aos bebês, a amamentação é fundamental para a saúde da mãe. Entre os benefícios, um dos principais é a prevenção de hemorragias e consequente anemia materna observada no pós-parto. O ato de sucção do bebê auxilia na contração uterina, que ajuda na diminuição do tamanho do útero e, por consequência, reduz possíveis sangramentos.

O aleitamento materno também cria fortes vínculos afetivos entre mãe e filho e complementa a ação do sistema imunológico do recém-nascido, protegendo contra infecções respiratórias, intestinais e, principalmente, de proteção. Segundo dados do Ministério da Saúde, a prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida, por si só, reduziria em até 13% a mortalidade infantil no Brasil. O índice representa 7.800 mortes a menos de crianças a cada ano.

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Especialistas da Opas/OMS, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, o Banco Mundial, o Ministério da Saúde do Chile e a Casa Branca se reuniram na Organização Pan-americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) e destacaram os progressos significativos que foram alcançados em termos de resposta nacional e internacional à violência contra as mulheres. No entanto, eles também notaram que será necessário que, tanto o setor da saúde, como os outros setores, fortaleçam as iniciativas e permaneçam para acabar com a epidemia mundial de violência contra as mulheres.
Os especialistas disseram na ocasião de uma mesa redonda sobre "Como quebrar o ciclo da violência contra as mulheres: estratégias, políticas e ações", organizada pela Opas/OMS como parte dos "16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero", no ano seguinte à conclusão, em 25 de novembro, do Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher.
Os dados da Opas/OMS indicam que uma em cada três mulheres na Região das Américas foi vítima de violência física ou sexual por parceiro íntimo, ou sofreu violência sexual por alguém que não seja um parceiro íntimo ou ex-parceiro. Por outro lado, 38% de todos os assassinatos de mulheres na região são cometidos por parceiro ou ex-parceiro.
"Esta violência priva as mulheres da oportunidade de realizar todo o seu potencial e exacerba as que possuem alguma deficiência, minorias étnicas e sexuais, entre as pobres ou aquelas que estão envolvidas em situação de conflito, deslocamento ou refúgio," disse Cuauhtemoc Ruiz, diretor interino do Departamento da Família, Gênero e Curso da Vida da Opas/OMS.
A boa notícia, de acordo com os palestrantes, é que muitos avanços têm sido feitos a nível internacional e, em muitos países, para aumentar a conscientização sobre este problema e promover programas nacionais e internacionais para combater de forma eficaz a violência contra as mulheres.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a Lei da Violência contra a Mulher, de 1994, introduziu uma série de medidas que combinam serviços de aplicação da lei para as vítimas de violência, o que contribuiu para um declínio de 64% na taxa de violência por parceiro íntimo, explicou Caroline Bettinger-Lopez, assessora da Casa Branca em relação à violência contra a mulher.
Antes que essa lei fosse aprovada, "nosso sistema político, nosso sistema legal, nosso sistema de saúde e a opinião pública eram, na melhor das hipóteses, testemunhas do que, possivelmente, era a forma mais generalizada de violência em nosso país," afirmou Bettinger-López. A lei de 1994 modificou a maneira de caracterizar a violência contra a mulher, que deixou de ser considerado um assunto familiar para se tornar uma violação dos direitos das mulheres.
Vikki Stein, diretor do Escritório da Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), disse que esta instituição possui iniciativas que abordam as múltiplas manifestações de violência contra as mulheres e meninas, incluindo o matrimônio infantil, precoce e forçado e a mutilação feminina, assim como iniciativas para mudar a percepção pública de que a violência doméstica é um assunto privado. "Um dos nossos objetivos é aumentar a porcentagem da população que entende que a violência contra as mulheres é errada”, disse Stein.
Diana Arango, especialista principal do Banco Mundial sobre a violência de gênero e desenvolvimento, apresentou um novo guia de recursos, "Violência contra Mulheres e Meninas," preparado pelo Banco Mundial em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Instituto Mundial da Mulher da Universidade George Washington e o Centro Internacional para a Investigação sobre a Mulher. Arango explicou que a publicação fornece evidências e "práticas promissoras" para ajudar as pessoas e as organizações que integram a prevenção da violência contra mulheres e meninas em uma variedade de projetos de desenvolvimento em vários setores, e também fornecer serviços de qualidade à sobreviventes da violência através destes projetos.
Teresa Valdés, chefe da Unidade de Gênero do Ministério da Saúde do Chile, descreveu as iniciativas que seu país tem realizado ao longo dos últimos 25 anos para combater a violência contra as mulheres. Eles incluem uma série de leis e políticas que promovem a igualdade e a não discriminação contra as mulheres, protegem mães, punem e colocam os freios na agressão sexual e outras formas de violência contra as mulheres.
Apesar destes esforços, ela observou, ainda existem muitos desafios. "Temos leis e políticas, mas não temos recursos suficientes", disse Valdés, acrescentando que os programas muitas vezes não têm a qualidade ou capacidade de monitoramento.
Alessandra Guedes, Conselheira Regional da Opas/OMS na violência doméstica, apresentou o Plano de Estratégia e Ação sobre o reforço do sistema de saúde para lidar com a violência contra as mulheres, que foi aprovado pelos Ministros da Saúde da Região Américas, em outubro de 2015.
"Esta estratégia e o Plano de Ação refletem o reconhecimento da nossa região de que a violência contra a mulher é um dos principais direitos humanos e saúde pública, e também mostram o seu compromisso de cumprir as suas responsabilidades para a prevenção e resposta a este tipo de violência”, disse Guedes. "Ao aprovar este documento, a região tornou-se a primeira da OMS em que as mais altas autoridades apoiam um quadro de ação sobre a violência contra a mulher, e esperamos que sirva de inspiração para que outras regiões sigam o exemplo."

Especialistas da Opas/OMS, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, o Banco Mundial, o Ministério da Saúde do ...

As mãos calejadas pelo tempo não significam que delas não se tirem bons exemplos. Utilizando-as como ferramenta de promoção em saúde, dezesseis mulheres integrantes da unidade de saúde Ana Maria Conceição dos Santos Correia (RJ) têm aliviado a luta contra o diabetes, a pressão alta e outras enfermidades. Elas fazem parte do centro de convivência, idealizado pela Secretária de Assistência Social, onde o artesanato é o alívio do dia-a-dia.
Grupo reunido no teatro. Foto: Divulgação

Manuseando produtos recicláveis como garrafa pet, Maria do Rosário (82), hipertensa e diabética (foto abaixo) transforma o material em muitas flores, que deverão ornamentar mais um objeto para compor a primeira exposição do grupo. Ela conta que a pressão arterial já chegou a pontuar 20/11 e, por intermédio das atividades do grupo, o pensamento voltado para problemas de família foi trocado por muita alegria. “Sinto-me melhor. Moro só e com o grupo saio de casa. Esqueço os problemas. Converso com as amigas”, afirma.

Maria José, conhecida carinhosamente por Zezé (74), diabética há 14 anos, parece ser a mascote do grupo tamanha a vitalidade que irradia. “Trago alegria. Sou animada de qualquer jeito. Aqui é proibido falar de doenças”, revela. 
Em volta de uma mesa repleta de materiais a serem transformados em artesanato, se encontram todas as terças-feiras mulheres usuárias dos serviços do Sistema Único de Saúde, e que têm no grupo uma forma de descontração, ocupação do tempo, esquecimento dos problemas, relacionamento e muita alegria.
Dona Zezé exibindo orgulhosamente suas bonecas. Foto: Divulgação
A idealizadora e voluntária, Miriam Nunes, contou que é um projeto contra o estresse, já que antes as mulheres iam até a unidade de saúde para falar somente de doença. “É um clima de alegria onde as mãos são utilizadas para transformar sucata, papel em arte, esquecendo até que têm algum problema”, afirmou.

Os agentes de saúde da equipe à qual pertencem as integrantes do projeto também estão envolvidos. Mércia Maria Santos Carvalho é uma delas e disse que o grupo já pensa em fazer um perfil nas redes sociais. “Nos encontros sempre há sugestões. Tudo é registrado em ata. É tanto que as pessoas envolvidas já criaram esse afeto em pouco tempo de criado e já têm surtido efeito”, disse.

Miriam Nunes, agente de saúde e a técnica de enfermagem. Foto: Divulgação

 O desejo de acontecer aliado a uma boa ideia fez com que o voluntariado de Miriam Nunes criasse nova oportunidade de prevenção. As enfadonhas palestras educativas foram trocadas pela interação e carinho do grupo. O resultado é não falar em doença, mas transformá-la em alegria e arte.

As mãos calejadas pelo tempo não significam que delas não se tirem bons exemplos. Utilizando-as como ferramenta de promoção em saúde, dezes...

A reforma sanitária Brasileira traz consigo um novo modo de fazer saúde. Trata-se do Sistema Único de Saúde (SUS), que surge em 1990, com a lei nº 8.080, que trata a saúde como direito de todos e dever do estado, assim como na constituição federal de 1988. Dessa forma, a lei 8.080 regulamenta, mostra os objetivos, os princípios e as diretrizes do SUS. Essa concepção é, de fato, um marco na história e a quebra de velhos paradigmas da saúde, mas também traz à tona a necessidade de construção de novos fazeres, utilizando-se da criatividade dos atores na saúde pública brasileira. 

A partir disso, o Ministério da Saúde passou a investir na melhoria do acesso aos serviços de saúde, ampliando o número de unidades de saúde e mudando as maneiras de atenção, sendo que atualmente a Estratégia de Saúde da Família é a principal maneira de atenção em saúde, com equipes multiprofissionais, territórios delimitados de atuação e foco no vínculo e cuidados longitudinal. A saúde sai da centralidade do profissional médico, e passa a ser centrada nos usuários, englobando todos os aspectos de sua vida e seu espaço.

A necessidade de se formular estratégias de intervenções criativas e eficazes em diversos aspectos tem sido um dos principais desafios das equipes de saúde da família, uma vez que lidam com diversas situações de saúde e de doença, de potencialidades e também fatores de riscos no cotidiano das atividades. Atualmente, as atividades grupais são uma importante ferramenta para a prevenção de doenças. Exemplo disso são os grupos de práticas corporais, que em muitas cidades do Brasil estão melhorando a qualidade de vida da população, diminuindo os riscos de doenças cardiovasculares. Cidades como Recife, Curitiba, Sergipe, Aracaju são modelos de como as atividades físicas podem melhorar a saúde das pessoas, através de incentivos e programas que orientam as práticas saudáveis.

A reforma sanitária Brasileira traz consigo um novo modo de fazer saúde. Trata-se do Sistema Único de Saúde (SUS), que surge em 1990, com a...

Agentes e equipe de saúde fazem campanha e orientam aos moradores da comunidade, no complexo do alemão, a prevenção e cuidados que devem ser tomados contra o vírus da tuberculose. Na quarta – feira dia 8 de junho, a equipe entrou nas casas mostrando a forma correta da prevenção e colou cartazes na comunidade alertando adultos, jovens e idosos do perigo do vírus.
Equipe de saúde da Clinica da Família, orientando aos moradores
do Alemão. Foto: Divulgação/ Kléber Blumer
Além dos fatores relacionados ao sistema imunológico de cada pessoa, o adoecimento por tuberculose, muitas vezes, está ligado à pobreza e à má distribuição de renda. Assim, alguns grupos populacionais possuem maior vulnerabilidade devido às condições de saúde e de vida a que estão expostos.




Determinantes sociais

A tuberculose é um dos agravos fortemente influenciados pela determinação social e demonstra relação direta com a pobreza e a exclusão social. Por essa razão, foi realizada a análise do relacionamento entre as bases de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação referentes à tuberculose (SINAN TB) e a do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Esse último identifica e caracteriza as famílias de baixa renda e é utilizado para seleção de todos os programas sociais do Governo Federal, entre eles o Programa Bolsa Família (PBF).

Foto: Divulgação/Kléber Blumer
Segundo dados do MDS, em 2012 a base de dados do CadÚnico contava com aproximadamente 25 milhões de famílias. Dentre essas, aproximadamente 18 milhões possuíam renda per capita mensal de até R$ 140,00 e quase 14 milhões de pessoas eram beneficiárias do PBF.

Dos casos novos de tuberculose diagnosticados em 2011, 25% (18.450) estavam incluídos no CadÚnico, ou seja, faziam parte de famílias que possuíam renda igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa ou renda familiar mensal de até três salários mínimos. Desses casos de Tuberculose cadastrados no CadÚnico apenas 56% recebiam o benefício do Bolsa Família.
Os desfechos de tratamento apresentaram melhores resultados entre os usuários cadastrados ou beneficiários do PBF. O percentual de cura de pessoas diagnosticadas pela primeira vez, em 2010, foi de 69,7% entre as pessoas não cadastradas, 73,8% entre as cadastradas e 77,7% entre os beneficiários do PBF.
O cadastramento das famílias não significa a inclusão no PBF. Este é concedido somente às famílias que atendem a critérios específicos de renda e composição familiar. No entanto, para inserção no CadÚnico é necessário que as famílias acessem os equipamentos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) ou sejam identificadas por seus profissionais. Essa estratégia de “busca ativa” tem aproximado às famílias em situação de vulnerabilidade dos serviços públicos. Mesmo assim, ainda são necessárias outras análises a respeito do impacto do PBF no controle da tuberculose, com o objetivo de subsidiar a elaboração de respostas mais efetivas na detecção, acompanhamento e encerramento dos casos entre a população socialmente vulnerável.


*Fonte: Ministério da Saúde

Agentes e equipe de saúde fazem campanha e orientam aos moradores da comunidade, no complexo do alemão, a prevenção e cuidados que devem se...


O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) fez um apelo na última quinta-feira (19) – Dia da Conscientização da Vacina contra o HIV – por mais recursos e colaboração entre governos, a comunidade científica e o setor privado para as pesquisas de tratamentos imunizantes contra o vírus.
Em 2014, o investimento global em pesquisas e desenvolvimento de vacinas contra o HIV aumentou 2,8% – chegando a 841 milhões de dólares – em comparação aos 818 milhões em 2013.
O cenário aparentemente positivo, porém, vem precedido de um período de cinco anos durante os quais os recursos disponíveis mantiveram-se os mesmos ou diminuíram, após um pico de 961 milhões de dólares em 2007. Os Estados Unidos continuam a ser os maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento sobre HIV.
“Juntamente com a ampliação do acesso a medicamentos antirretrovirais e a combinação de ferramentas de prevenção ao HIV, é necessário um investimento constante para intensificar a colaboração no desenvolvimento de uma vacina contra o HIV, que deixará o mundo um passo mais próximo do fim da epidemia de AIDS”, afirmou o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé.
Ao longo dos últimos 30 anos, quatro conceitos para uma vacina contra o HIV foram testados em seis ensaios de eficácia. Destes, o ensaio da vacina RV144, na Tailândia, em 2009, foi o mais promissor, reduzindo o risco de infecção pelo HIV em 31%.
A expectativa é de que as pesquisas em curso possam levar a pelo menos mais dois testes em grande escala de vacinas em um futuro próximo. Ao mesmo tempo, o trabalho para o desenvolvimento de outras vacinas em potencial continua, incluindo uma combinação imunizante contra o HIV e a hepatite C. A eficácia de anticorpos neutralizantes também está sendo estudada.
Parcerias público-privadas e internacionais têm sido formadas para acelerar o progresso rumo a um tratamento eficaz. O UNAIDS está trabalhando em conjunto com parceiros, como a Iniciativa Internacional de Vacina contra a AIDS (IAVI), a Coalizão em Defesa da Vacina contra a Aids (AVAC) e outras partes envolvidas diretamente nas pesquisas.
O Programa da ONU também é um participante ativo das reuniões anuais entre os financiadores — que são coordenadas pelo Empreendimento Global para Vacinas contra o HIV e visam destacar a importância da investigação contínua, do financiamento constante e de respostas conjuntas rumo à descoberta da vacina.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) fez um apelo na última quinta-feira (19) – Dia da Conscientização da Vaci...


Durante a 69ª Assembleia Mundial de Saúde, que ocorre até 28 de maio em Genebra, Suíça, o Ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, anunciou que possíveis danos no desenvolvimento das crianças cujas mães foram infectadas pelo vírus zika serão investigados. “Oferecemos atenção integral às crianças que nasceram com microcefalia e acompanharemos todos os bebês cujas mães apresentaram sintomas de infecção por zika durante a gestação, mesmo aqueles que não têm microcefalia, para detectar, deste modo, outras complicações neurológicas na visão e audição”, afirmou o Ministro.
O Ministro também apresentou gráfico que destaca as baixas taxas de transmissão de dengue e outras doenças causadas pela picada do mosquito Aedes aegypti no Brasil durante agosto (inverno no sul das Américas), quando acontecerão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro.
“Além disso, estamos tomando medidas específicas para o controle vetorial, o que me permite afirmar que os Jogos Olímpicos serão realizados de forma segura para toda a família olímpica e todos os visitantes. Esperamos recebê-los com grande entusiasmo no Rio de Janeiro”, frisou o Ministro.
Barros se reuniu nesta segunda-feira (23) com a Diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carissa F. Etienne, e com a Diretora-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. No encontro, discutiram ambas as questões.
Com relação ao monitoramento das crianças cujas mães apresentaram sintomas de zika, o próximo passo será definir as instituições que ficarão responsáveis por acompanhar os casos e identificar se o vírus pode estar relacionado a outras consequências no desenvolvimento até os cinco anos de idade. Neste contexto, o Brasil poderia contar com o apoio da Opas/OMS na implementação desse estudo.
“Reconhecemos o papel desempenhado pela Opas e pela OMS em ações conjuntas com o Brasil na resposta ao zika, uma emergência de saúde pública que já afeta 60 países e territórios e expõe 1,3 milhões de pessoas, 15% delas brasileiras. Nos próximos dias, teremos a oportunidade de discutir e continuar compartilhando informações sobre a resposta a essa emergência”, disse Barros.
O Ministro explicou que, no Brasil, foram implementadas ações como o fortalecimento da vigilância e o desenvolvimento de novas tecnologias para o controle de vetores. Ele ressaltou que outro pilar importante é a pesquisa e o desenvolvimento de novas vacinas contra o vírus zika.
Mais cedo, em um evento técnico chamado “Dengue: reafirmando o diálogo”, o especialista em vigilância Alexander Fonseca falou sobre a batalha que o Brasil trava contra o mosquito que transmite o vírus há décadas. Ele ressaltou que a água e o saneamento básico são um desafio para algumas áreas, tanto como a gestão de resíduos. Afirmou também que o país está realizando novas intervenções para melhorar o controle vetorial.

Durante a 69ª Assembleia Mundial de Saúde, que ocorre até 28 de maio em Genebra, Suíça, o Ministro da Saúde do Brasil, Ricardo Barros, ...